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Fórum presidido pela Defensoria busca fortalecer rede de combate ao trabalho infantil no contexto da pandemia

19/04/2021 12:04 | Por tao_adm
Fórum presidido pela Defensoria busca fortalecer rede de combate ao trabalho infantil no contexto da pandemia
Fórum presidido pela Defensoria busca fortalecer rede de combate ao trabalho infantil no contexto da pandemia

Para debater e aprimorar as ações e os fluxos de assistências contra o trabalho ilegal de crianças e adolescentes, o Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil da Bahia – Fetipa/BA realizará entre abril e maio deste ano ciclo formativo para profissionais da rede de proteção infantojuvenil das nove macro regionais de saúde do estado.

Atualmente presidido pela Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA, o Fetipa/BA atua para implementar iniciativas que promovam sensibilização e mobilização social em favor do combate ao trabalho infantil e contra sua naturalização pela sociedade.

De acordo com a defensora pública e atual presidente do Fórum Estadual, Ana Virgínia Rocha, é de fundamental importância o desenvolvimento de estratégias que fortaleçam iniciativas de combate ao trabalho infantil com os já evidentes impactos socioeconômicos da pandemia da covid-19.

“O cenário nacional, que já contava com desafios consideráveis para a proteção dos direitos de crianças e adolescentes, especialmente para a eliminação do trabalho infantil, vê um aprofundamento das desigualdades sociais. Isto está potencializando as vulnerabilidades de muitas famílias brasileiras e aumentando os casos de notificações de trabalho infantil”, destaca a defensora.

Ciclo de Formação

O ciclo de formação tem como público preferencial conselheiros tutelares, profissionais dos centros de referência da assistência social, membros da Defensoria e do Ministério Público, entre outros, considerando gestores/as, coordenadores/as e técnicos/as de referência dos territórios.

Escalonadas por macro região (confira tabela abaixo), os encontros do ciclo acontecerão virtualmente todas as quintas e sextas-feiras, das 14h às 17h, entre os dias 29 de abril e 27 de maio. O tema deste primeiro ciclo, o segundo está sendo planejado para agosto deste ano, será o “Combate do Trabalho Infantil na Bahia: entre a teoria e a prática, o fortalecimento das ações em rede.”

Com o intuito de apoiar, orientar e preparar as e os profissionais quanto à proteção de crianças e adolescentes durante e pós o período de pandemia, os encontros oferecerão também a oportunidade para o intercâmbio de experiências e saberes.

Além disso, deve permitir aos participantes a articulação de conhecimentos com a sua realidade imediata e local e o conhecimento de experiências educativas pontuais de atuação/intervenção no meio social em que se está inserido por via da realização de ações coletivas. As inscrições vão até o dia 26 de abril e podem ser feitas por meio deste link.

O Fórum

Presidido pela Defensoria no biênio 2020-2022, o Fórum reúne diversas entidades envolvidas na garantia dos direitos das crianças e adolescentes como Ministério do Público do Trabalho, Ministério Público do Estado, Tribunal de Justiça da Bahia, além de diversos Conselhos Tutelares Municipais, organizações da sociedade civil e representações de organismos internacionais como a Unicef e OIT.

Entre as principais atribuições do Fórum estão ações para sensibilizar, mobilizar e articular a prevenção e erradicação de todas as formas de trabalho infantil, além de garantia de proteção ao adolescente trabalhador; defender os direitos fundamentais e humanos de crianças e adolescentes e promover a participação de crianças e adolescentes nos espaços de discussão e deliberação sobre os seus direitos.

Trabalho Infantil no Brasil

De acordo com a Constituição, a Lei do Aprendiz (n° 10.097/2000) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (lei n° 8.069/1990), só é permitido no país o trabalho a partir dos 16 anos. Além disso, menores de 16 anos só podem trabalhar se acima de 14 anos e sob a condição de aprendiz: com carga horária reduzida, formação teórica obrigatória e comprovação da frequência escolar. É vedado em todos os casos, o trabalho noturno e perigoso.

No entanto, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, cerca de 1,8 milhão de crianças e adolescentes estavam em situação de trabalho infantil no Brasil em 2019. Deste total, cerca de 380 mil estavam em situação de trabalho infantil por terem de 5 a 13 anos e 1,4 milhões por trabalharem de forma ilegal ou em atividades de produção para consumo próprio.

card de divulgação do Fetipa/BA

Encontros do Ciclo por Macro Regiões:

Oeste – 29 de Abril
Leste – 30 de Abril
Centro Leste – 6 de Maio
Centro Norte – 7 de Maio
Nordeste – 13 de Maio
Norte – 14 de Maio