Aumentar fonte Diminuir fonte Alto contraste
Fale com a defensoria
NOTÍCIAS

Defensoria busca soluções para manter moradia dos ocupantes da Nova Canaã em Santo Antônio de Jesus

02/10/2020 06:10 | Por tao_adm
Defensoria busca soluções para manter moradia dos ocupantes da Nova Canaã em Santo Antônio de Jesus

As 100 famílias que moram no Conjunto Nova Canaã, em Santo Antônio de Jesus, seguem preocupadas com a determinação judicial de desocupação do terreno, situado às margens da BA-046. Embora a Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA tenha conseguido a suspensão da liminar que reintegrou a posse à Coelba, que reclama o terreno, o prazo dado pela Justiça para que os moradores continuem na localidade se esgota em 31 de outubro.

Por isso, nesta sexta-feira, 02, a Instituição reuniu-se com representantes do movimento de moradia Nova Canaã para estudar soluções jurídicas pacíficas para resolver o conflito fundiário entre as famílias e a companhia de eletricidade e mantê-las no local.

De acordo com a defensoria pública Natalie Navarro, que participou da reunião virtual, a ideia foi ouvir os ocupantes para que a melhor solução seja tomada, seja judicial ou extrajudicialmente.

A posse dessas famílias já se encontra consolidada, havendo, inclusive, casas de alvenaria, o que deve ser levado em consideração. E a pandemia continua a provocar um grande impacto no mundo”, considerou a defensora pública.

Segundo ela, a comunidade vem realizando diversas tratativas a nível estadual e municipal, envolvendo a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa da Bahia, assim como a Coelba, a fim de chegar a uma solução que mantenha as pessoas na localidade. A coordenadora da Regional da Defensoria sediada em SAJ, Carina Góes, também participou da reunião.

Entenda o caso

Em 18 de junho de 2020, o Tribunal de Justiça da Bahia, em recurso interposto pela Defensoria, determinou a suspensão provisória da ordem de desocupação coletiva no terreno da Coelba, em razão da Pandemia acarretada pela Covid-19.

Na decisão, o desembargador levou em consideração o estado de calamidade instaurado no Brasil e a dificuldade que teria essa comunidade, composta por pessoas de baixa renda, caso fosse desalojada, em especial diante da necessidade do isolamento social.