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Intervenção da DPE viabiliza retomada das aulas no conjunto penal de Brumado

As atividades estavam suspensas por problemas na contratação dos professores
22/04/2025 02:04 | Por Priscilla Dibai
Intervenção da DPE viabiliza retomada das aulas no conjunto penal de Brumado

Diante da interrupção das aulas de educação básica no conjunto penal de Brumado, no sudoeste do Estado, a Defensoria Pública da Bahia intercedeu no sentido de restabelecer o direito dos internos à capacitação, educação e remição de pena.

Como o problema se arrastava há meses, a DPE solicitou uma reunião com o prefeito Fabrício Abrantes e a secretária da Educação Ana Cristina Silva para discutir o retorno das atividades pedagógicas, considerando que a responsabilidade pela oferta de tais serviços cabe ao poder municipal.

De acordo com a defensora Emilly Duarte, a Defensoria buscou, com a reunião, uma solução rápida ao entrave, que, inclusive, violava o direito dos apenados. “Dialogamos para restabelecer essas atividades o mais rápido possível. O acesso às aulas é um direito dos internos, que além da capacitação, ainda podem obter remição da pena”, explicou. 

Durante o encontro, a prefeitura garantiu que os professores que atuarão no conjunto penal já foram convocados, faltando apenas pequenos ajustes para a retomada das aulas. Problemas na contratação foi a justificativa dada para a suspensão das atividades, que devem ser restauradas em breve.

Em março do ano passado, a Prefeitura de Brumado assinou um termo de ajustamento de conduta (TAC) com a Secretaria de Administração Penitenciária da Bahia (Seap), no qual se comprometeu a ofertar serviços de educação básica na modalidade de jovens e adultos aos internos do conjunto penal. Desde então, a DPE vem fiscalizando o cumprimento do termo e atuando ativamente na mediação da situação. Conforme a coordenadora da 15ª Regional da DPE/BA, Carolina Cozatti, essa reunião de alinhamento está de acordo com a missão institucional da DPE, que também é oferecer assistência material aos custodiados. “A Defensoria promove educação em direitos não apenas aos apenados, mas também às instâncias formais de controle, ao próprio poder executivo e órgãos de fiscalização. Quando se tem notícia de que algum direito não está sendo cumprido, a DPE cobra que o Estado o cumpra. Faz parte de nossa atuação fiscalizar a efetiva implantação dos direitos”, pontuou.