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Defensoria de Paulo Afonso pede interdição de Delegacia em Ação Civil Pública

22/07/2011 10:07 | Por tao_adm
Defensoria de Paulo Afonso pede interdição de Delegacia em Ação Civil Pública
Defensoria de Paulo Afonso pede interdição de Delegacia em Ação Civil Pública

Durante uma inspeção feita pela Defensoria Pública à carceragem da Delegacia de Polícia da Comarca de Paulo Afonso, no início deste mês, o defensor público José Raimundo Passos Campos conseguiu reunir provas suficientes para promover uma Ação Civil Pública contra o Estado da Bahia, responsável legal pela custódia de presos dos processos judiciais e pela Política Penitenciária do Estado.

Ao realizar a visita, foi constatado quadro de superlotação e de péssimas condições de higiene, o que vem resultando em tentativas de fugas, como a última, ocorrida no dia 30 de maio, em que 21 presos tiveram êxito. A Delegacia de Polícia do município possui capacidade máxima para 12 presos, mas atualmente aloja 59 detentos, e alguns deles são portadores de doenças infecto-contagiosas, como gripe e até mesmo tuberculose, o que torna o ambiente de carceragem completamente prejudicial à saúde dos demais presidiários e à equipe penitenciária.

A Ação Civil Pública, impetrada no último dia 20, em defesa dos direitos individuais homogêneos dos encarcerados, pede a interdição da carceragem da delegacia e a apresentação de um plano de política penitenciária para a cidade, especialmente na conclusão do anexo do Presídio Regional de Paulo Afonso, cuja obra já se estende por dez anos. A Ação pede ainda o fim do desvio de função que existe entre os agentes de polícia, designados para prestar serviço de custódia de presos, função que é dos agentes penitenciários. Essa situação vem prejudicando o trabalho de segurança pública do município, já que a Polícia Civil passa a ter o seu efetivo reduzido. A Defensoria aguarda o prazo legal de dez dias para que o Estado se manifeste.