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Curso sobre Gestão de Crise aponta como os defensores públicos devem atuar em situação crítica

08/04/2016 06:04 | Por
Curso sobre Gestão de Crise aponta como os defensores públicos devem atuar em situação crítica
Curso sobre Gestão de Crise aponta como os defensores públicos devem atuar em situação crítica

O superintendente de gestão prisional da SEAP destacou o papel do defensor público em situação de crise no sistema prisional

Em uma situação de crise em uma unidade prisional, como o defensor público deve se comportar? Esta foi apenas uma das dúvidas tiradas pelos defensores públicos e servidores da Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA pelos palestrantes major PM Júlio César Ferreira Santos, superintendente de gestão prisional da Secretaria de Administração Penitenciária – SEAP e o capitão Jorge Ramos de Lima Filho, nesta sexta-feira, 8, no auditório da Escola Superior da Defensoria Pública da Bahia – Esdep.

O gerenciamento de crise é uma ferramenta técnica, baseada em regras, princípios e estratégias, que quando bem utilizadas, podem de maneira razoável diminuir a ocorrência de acidentes durante a administração de uma crise voltada para a área da segurança pública. Do ponto de vista do gerenciamento de crise, o ideal é que nenhum dos atores envolvidos venha a óbito ou tenham lesões leves ou graves, para que a atuação seja considerada exitosa.

"Qual o papel da Defensoria Pública no momento da crise? A Defensoria tem que estar junto do gerente de crise, no processo de decisão", afirmou o superintendente da SEAP, major PM Júlio César, único profissional da Bahia devidamente habilitado para atuar com situação de crise no sistema prisional. Outros profissionais da Polícia Militar estão habilitados a fazerem o papel de primeiros interventores, que são aqueles profissionais capacitados a fazerem o primeiro contato. No entanto, para conduzirem e gerenciarem uma crise em situação prisional é necessário terem uma capacitação mais aprimorada.

O major PM Júlio César explicou ainda a importância de as pessoas que atuam no sistema prisional, entre eles os defensores públicos, não estimularem determinadas práticas, que podem ser feitas sem a pessoa perceber que a conduta pode ser maléfica. Um exemplo é o fato de, em situações de crise, falar com um preso isoladamente, por este ser intitulado "líder" pelos seus companheiros de prisão. Para o superintendente, esta conduta deve ser evitada, pois o agente público não deve empoderar determinado preso, devendo tratar todos de modo igual, pois perante o Estado, não há essa distinção.

O capitão PM Ramos, responsável pela parte introdutória da palestra, apresentou vídeos para ilustrar situações de momentos de crises com os seus respectivos desdobramentos. O capitão falou dos aspectos psicológicos que envolvem as situações, e a necessidade das pessoas que trabalham no sistema prisional terem conhecimento de determinados comportamentos, inclusive de posicionamento corporal para lidarem com estas situações. "Para nós que atuamos em gerenciamento de crise é lamentável quando alguém vem a óbito, porque a Polícia Militar perde credibilidade", afirmou.

O subcoordenador da 2ª Regional da Defensoria Pública, sediada em Vitória da Conquista, Lúdio Bonfim, considerou que o curso ministrado é de grande relevância, para que se conheça como a tratativa que deve ser feita, quando houver situação de crise dentro do sistema prisional. "O curso permite que tenhamos ciência do papel do defensor público, como devemos nos posicionar frente a essas crises, contribuindo de forma positiva em uma atuação conjunta com a Polícia Militar e com outros setores envolvidos para que este problema seja solucionado da melhor forma possível", ponderou Lúdio Bonfim.

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