Atendimentos aconteceram na Base Comunitária de Segurança do bairro
Nem a forte chuva impediu que a dona de casa Simone de Jesus, de 43 anos, procurasse o atendimento da Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA oferecido nesta sexta-feira, 26, na Base Comunitária de Segurança do bairro Rio Sena. Depois de quase 13 anos sem receber ajuda do pai do filho, Ícaro, ela resolveu que era hora de procurar a Justiça. Sem precisar sair do seu bairro, Simone de Jesus teve a ação de paternidade já ajuizada.
A assistida foi uma das pessoas atendidas a partir da Ação Defensoria Cidadã Itinerante, iniciativa que leva serviços de todas as áreas de atuação da DPE a comunidades onde existem Bases Comunitárias de Segurança. Apenas esse ano, 900 pessoas já foram atendidas durante as ações levadas aos bairros de Santa Cruz, Bairro da Paz e Uruguai.
“O projeto Defensoria Cidadã Itinerante reafirma a missão institucional da Defensoria Pública da Bahia de se aproximar da sociedade civil. A existência da Defensoria tem sua razão nas comunidades, essas, muitas vezes, desprovidas de serviços básicos”, destacou a subcoordenadora da Especializada de Proteção aos Direitos Humanos, Eva Rodrigues.
NEGATÓRIA
Outro que procurou a assistência jurídica da Defensoria foi o entregador de gás Ivanildo Moreira dos Santos, de 29 anos. Depois que descobriu não ser pai do pequeno *João, de pouco mais de um ano, ele quer ingressar agora com uma ação de negatória de paternidade. Isso porque quer estar desobrigado do pagamento da pensão alimentícia que é feito todos os meses à criança.
Parceira da Defensoria estadual nas itinerâncias de atendimentos, a Defensoria Pública da União – DPU também marcou presença no bairro do Rio Sena, oferecendo assistência jurídica na área previdenciária. “É muito importante a presença das defensorias nos bairros, já que população muitas vezes nem tem conhecimento da existência desses serviços. A partir disso, essas pessoas se empoderam, passam a conhecer seus direitos e se tornam multiplicadoras desse serviço”, pontuou a defensora federal Graciela Lima.
Além do empoderamento, outras questões acabam repercutindo positivamente no bairro. É o que defende o subcomandante da base, Felipe Gomes. “Ações como essa são extremamente importantes por possibilitar um outro olhar da comunidade em relação à Polícia Militar. Em especial à base comunitária de segurança do Rio Sena, proporcionando assim uma maior proximidade da comunidade em relação ao trabalho da base”, pontuou.
A expectativa, de acordo com a coordenadora das Defensorias Públicas Especializadas, Gianna Gerbasi, é que a Defensoria Cidadã Itinerante chegue à marca de 1500 pessoas atendidas esse ano. “Pessoas com direitos garantidos dentro do próprio bairro onde moram”, sentenciou.
Na próxima sexta-feira, dia 2, será a vez dos serviços serem prestados na Base Comunitária de Segurança do bairro Fazenda Coutos.
* Nome fictício para preservar a identidade da criança
