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Atendimentos da Ação Cidadã Sou Pai Responsável chegam ao bairro do Calabar

21/08/2015 07:08 | Por tao_adm
Atendimentos da Ação Cidadã Sou Pai Responsável chegam ao bairro do Calabar
Atendimentos da Ação Cidadã Sou Pai Responsável chegam ao bairro do Calabar

 

Período de intensificação da campanha prossegue até o dia 31 de agosto. Nordeste de Amaralina será o próximo bairro a ser visitado

Juliana Jesus Silva, de 22 anos, é comerciária, vive com a filha de 4 anos e, mesmo sabendo quem era seu pai desde criança, vive até hoje sem o registro paterno em sua certidão de nascimento. Pâmela, aos 15 anos, sonha em ser bailarina, mora com a mãe e mais cinco irmãos, e descobriu há cerca de cinco anos quem é seu pai de verdade. As histórias podem ser diferentes, mas trazem consigo algo em comum. Nos dois casos, o reconhecimento formal da paternidade está bem próximo. Juliana e Pâmela, junto com os supostos pais, procuraram o atendimento da Defensoria Pública da Bahia, através da Ação Cidadã Sou Pai Responsável levada nesta sexta-feira, 21, ao bairro do Calabar, e fizeram a coleta do material genético para realização gratuita do exame de DNA. Dentro de 30 a 40 dias, quando o resultado estiver pronto, se positivo, o espaço em branco destinado aos nomes dos pais terá sido coisa do passado.

A ação itinerante integra o período de intensificação da campanha da Defensoria, que desde o dia 3 de agosto vem promovendo coletas de material genético para reconhecimentos de paternidade. Esse ano, além dos atendimentos na Casa de Acesso à Justiça – CAJ I e no bairro do Calabar, os serviços já foram levados de forma itinerante à comunidade do Rio Sena, Penitenciária Lemos de Brito e acontecerá na próxima sexta-feira, 28, no Nordeste de Amaralina.

DIREITOS

“Independente da idade, seja criança, adolescente ou adulto, a inclusão do nome paterno nos documentos daquele filho é importante tanto do ponto de vista afetivo quanto do ponto de vista dos direitos e obrigações”, esclareceu a subcoordenadora da Especializada de Família, Donila Fonseca. A partir do reconhecimento da paternidade, a Defensoria pode entrar com ações de alimentos, guarda, divisão de bens, etc.

Para Pâmela, depois de 10 anos sem saber quem era o pai de verdade, resta agora contar com o amor e atenção do tempo em que Marcelo Portugal, o suposto pai, esteve ausente. “De minha parte, ela já é minha filha do coração”, garantiu o motorista.

Juliana, depois de 22 anos de espera, terá os mesmos direitos que as irmãs já registradas. Para o agente de portaria, César Santos Queiroz, pesou o fato de ter assumido a enteada como se fosse sua filha legalmente enquanto a filha biológica não possuía seu sobrenome. “Agora isso vai mudar”, prometeu.

Para o responsável pela Base Comunitária de Segurança do bairro, tenente Marcos Pinho, ações como a da Defensoria são importantes por fortalecerem o conceito do programa Pacto Pela Vida – o de implantar uma unidade comunitária em locais carentes, de grande vulnerabilidade social e levar os serviços das secretarias de Estado, instituições públicas e outros órgãos para suprir necessidades e demandas daquela população.

A Base Comunitária de Segurança do Calabar é responsável pelo monitoramento, ações e programas de segurança e cidadania voltados tanto ao bairro quanto à comunidade do Alto das Pombas. Segundo o censo de 2010, a região abriga cerca de 30 mil pessoas. O bairro será o primeiro a receber o projeto da Defensoria Pública estadual Ação Cidadã Itinerante, que levará os serviços de todas as áreas da instituição aos moradores da localidade durante quatro sextas-feiras do mês. O lançamento do projeto acontece no próximo dia 4.