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Estudante brutalmente espancado faz exame de corpo de delito após intervenção da Defensoria

10/03/2014 07:03 | Por tao_adm
Estudante brutalmente espancado faz exame de corpo de delito após intervenção da Defensoria
Estudante brutalmente espancado faz exame de corpo de delito após intervenção da Defensoria

No início da tarde desta terça-feira, 04, acompanhado da defensora Marta Torres, o assistido Jatel da Silva Barbosa, de 22 anos, chegou ao Instituto Médico Legal para fazer um exame de corpo de delito. Mas o caminho até aqui não foi fácil. Hoje de manhã ele procurou a Defensoria Pública para pedir ajuda e foi recebido pela subcoordenadora da Especializada de Direitos Humanos, Bethânia Ferreira. O caso do estudante chamou a atenção pela brutalidade.

Na madrugada de sábado para domingo, Jatel saía de uma boate no bairro do Rio Vermelho, onde trabalha, e seguia para o ponto de ônibus quando foi abordado e violentamente agredido por dois homens. Enquanto aplicavam uma sequência de socos e chutes, eles gritavam que a vítima tinha que morrer porque era homossexual. O estudante não sabe dizer quanto tempo ficou apanhando e que chegou a pensar que seria morto pelos agressores. O espancamento só chegou ao fim depois que um rapaz que passava pelo local interveio e pediu que os homens fossem embora.

Jatel conta que ligou para o pai e os dois seguiram para a 7ª delegacia, no bairro do Rio Vermelho, mas encontraram as portas fechadas e foram para o HGE, onde ele foi atendido e liberado. Na tarde do domingo ele voltou à delegacia, prestou queixa mas não recebeu a guia para realizar o exame de corpo de delito, que é o procedimento comum em casos como o dele.

Chegando na Defensoria, Jatel foi orientado pela defensora Bethânia Ferreira. Imediatamente ela enviou um ofício à delegada titular da 7ª delegacia, Dra. Jussara Souza, pedindo que a guia para o exame fosse expedida e para a diretora do IML, Dra. Ana Maria Rolim, encaminhando o caso. "Agora cabe à delegada iniciar as investigações e tentar identificar os autores dessa agressão. Temos indícios muito fortes de que trata-se de um crime de homofobia", avalia.

Bethânia faz um alerta para as pessoas que sofrerem qualquer tipo de violência motivada pela orientação sexual, ela destaca a importância de denunciar o caso à polícia e às instituições que atuam na defesa do público LGBT. "Essas pessoas sofrem agressões de todo tipo e, muitas vezes, não buscam ajuda seja por desinformação ou por não acreditarem que a situação vai ser resolvida, que os culpados serão punidos".

A Especializada de Direitos Humanos presta atendimento o ano inteiro, de segunda a sexta-feira, de 08 às 17h, na unidade do Canela (Rua Pedro Lessa, 123). Os defensores atuam em situações que envolvem casos relativos a grupos vulneráveis. Durante o carnaval o plantão acontece no Canela entre 09 e 21h e na quarta-feira de cinzas, de 09 às 18h.