Fotos: Mateus Bonfim
A Escola Superior da Defensoria Pública da Bahia (ESDEP) celebrou, nesta quinta-feira (30), 18 anos de atuação voltada à formação e ao aprimoramento dos(as) servidores(as) da instituição, com uma programação marcada por lançamentos, homenagens e diálogo sobre a importância da escola na promoção da justiça e acesso a direitos.
A defensora pública Laíssa Rocha, coordenadora das Especializadas da Capital, destacou a relevância da Esdep no fortalecimento institucional e na promoção de uma Defensoria cada vez mais qualificada e próxima da população. “ A Esdep é o motor intelectual e o coração formativo da nossa instituição. É ela que nos oferece as ferramentas para o desafio diário do acesso à justiça em um mundo onde o direito se transforma muito rapidamente e as vulnerabilidades se tornam cada vez mais complexas, a capacitação e a formação continuada são indispensáveis”, afirmou.
A coordenadora também ressaltou o impacto direto da formação promovida pela escola na qualidade do atendimento prestado pela instituição. “O trabalho da Esdep garante que defensoras(es), servidoras(es) e estagiárias(os) estejam sempre preparados(as), e esse preparo não é um fim em si mesmo. Ele se traduz, na ponta, em um serviço de maior qualidade, em uma escuta mais atenta e em uma defesa mais efetiva da população vulnerabilizada do nosso estado”, completou.
Durante o evento, realizado na sede da Defensoria Pública, foram apresentadas a plataforma de ensino da ESDEP e a Biblioteca Digital, ferramentas que visam ampliar o acesso ao conhecimento e fortalecer a formação continuada dos(as) defensores(as) públicos(as), servidores(as) e estagiários(as). Além disso, foram apresentados dados pela Assessoria de Pesquisas relativos às audiências de custódia. Também integrou a programação a premiação do concurso de frases e a entrega de livros para estagiários(as) que irão prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
De acordo com o diretor da ESDEP, o defensor público Alan Roque, a Esdep é um polo de inovação e integração. “A cada curso, oficina, ação formativa nós reafirmamos que o conhecimento é uma ferramenta de libertação. Essa programação de hoje traduz o quanto somos uma instituição que aprende, reflete e se reinventa”, destacou.
Ao encerrar a cerimônia, Alan Roque reforçou o espírito de celebração e gratidão que marca os 18 anos da Escola. “Hoje é dia de agradecer a cada um e a cada uma que fez parte desta trajetória, agradecer aos que constroem o presente e agradecer aos que inspiram o futuro, mas também é dia de nutrir esperanças. E a esperança, como dizia um poeta, é a mãe dos sonhos. Que ela continue nos movendo, lembrando que o conhecimento liberta, que o serviço público dignifica e que defender é, sim, uma forma de educar”, afirmou.
A comemoração também coincide com outro marco importante. Os 10 anos da Audiência de Custódia, que foi celebrado com um curso intitulado “ Audiência de Custódia com foco na prisão civil”. O curso teve como facilitador o defensor público, coordenador da Especializada Criminal e de Execução Penal, Daniel Nicory, que falou sobre a importância do tema. “A Audiência de Custódia foi um grande avanço civilizatório. Permitiu que todas as pessoas presas pudessem ser ouvidas por um juiz, em um prazo curto, sobre as razões da prisão e com a presença de um defensor público acompanhando e defendendo seus direitos. E, agora, mais recentemente, a gente está discutindo também as audiências de custódia nas prisões civis dos devedores de alimentos mostrando que qualquer que seja o motivo da prisão, qualquer que seja a causa, a pessoa tem sim o direito de ser ouvida por um juiz imediatamente e estar acompanhada por um defensor a seu lado”, explica.











