Durante a Sessão da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da Assembleia Legislativa da Bahia, que aconteceu ontem, quarta (05) no Plenário da Assembleia, a Defensoria Pública do Estado foi procurada pelo pai do perito-técnico da Polícia Civil Hilton Martins Rivas Junior, de 25 anos, que foi morto a tiros no Largo do Santo Antônio, dia 29 de julho, pelo primeiro-tenente da Polícia Militar (PM), Fagner Castro Santos.

Vestido com uma camisa que trazia a foto do filho assassinado, o pai foi atendido pelo coordenador do Núcleo de Proteção dos Direitos Humanos da Defensoria, defensor público Gilmar Bittencourt, que garantiu apoio ao assistido. "A primeira coisa a se fazer é o monitoramento do caso, ir à Delegacia e saber como anda o processo. Será marcado um encontro na Defensoria para que possamos avaliar suas reivindicações e acompanhar as investigações junto ao Ministério Público", declarou o defensor.

Ainda revoltado com a situação, o pai do perito sinalizou o intuito de pedir a prisão preventiva do tenente que efetuou os disparos e o afastamento do corregedor da PM, Manoel Francisco Bastos, por ter declarado a imprensa que não houve crime. "As testemunhas não querem depor, estão com medo de represálias. Como não houve crime, se meu filho não está mais entre nós? Está morto!", declarou o pai, senhor Hilton Rivas.

As investigações estão sendo acompanhadas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público, através da coordenadora do Grupo de Atuação Especial para o Controle Externo da Atividade Policial (Gacep), promotora de Justiça Isabel Adelaide Moura.