COMUNICAÇÃO

Nova versão do aplicativo de agendamento da Defensoria usa inteligência artificial para facilitar acesso aos serviços da instituição

19/08/2022 8:00 | Por Ailton Sena DRT 5417/BA

O software foi totalmente remodelado e ganhou um novo layout que tornou o uso mais intuitivo.

Agora as pessoas que utilizam o aplicativo da Defensoria Pública da Bahia (DPE/BA) para acessar os serviços da instituição terão ainda mais facilidade para fazer os agendamentos. Depois de relatar textualmente o motivo da busca por atendimento, é possível pedir a análise do relato e uma inteligência artificial vai indicar a qual área de atuação da Defensoria a demanda será destinada. Essa automatização vai diminuir o tempo de espera para atendimento.

A inteligência artificial que já era usada na Ferramenta de Agendamento Online, está disponível no aplicativo para o mesmo fim desde o último dia 11 de agosto. Com isso, a DPE/BA vai resolver um entrave relacionado ao acesso dos serviços da instituição que diz respeito à autonomia dos(as) assistidos(as) em determinar a qual área jurídica ou serviço atende às suas necessidades.

De janeiro a 16 de agosto deste ano, o software de agendamento recebeu 29.098 solicitações de atendimento. Desse total, 3.055 usuários(as) classificaram como “Outros” a categoria para o tipo de serviço ou área jurídica que se destina o atendimento. A categoria é a terceira mais utilizada, ficando atrás apenas de “Pensão Alimentícia” e “Divórcio, Casamento e União Estável”.

A classificação automática dos relatos por assunto e área específica vai poupar o tempo que seria gasto por um(a) servidor(a) para analisar o relato, verificar o tipo de atendimento e encaminhar para a área correta. Além disso, foi implementada uma árvore de decisões no aplicativo que vai discriminar de forma detalhada todas as demandas de atendimento registradas, como já acontece na plataforma web, através de perguntas específicas sobre o relato feitas pela inteligência artificial.

As atualizações foram integralmente desenvolvidas pela Coordenação de Modernização e Informática (CMO) e o processo de implementação das melhorias é acompanhado pelo Núcleo de Integração.

“Estamos avançando no processo de modernização do acesso aos serviços da Defensoria e implementar inteligência artificial no aplicativo é mais um passo para a melhoria dos serviços para os(as) assistidos(as). Além disso, a equipe de tecnologia tem se dedicado à integração do SIGAD com o sistema PJE”, avaliou o coordenador da Área Não Penal do Núcleo de Integração Gil Braga. Ele destacou a importância do apoio prestado pelas coordenações das Defensorias Públicas Especializadas e da Especializada de Família.

O coordenador da CMO, Thales Almeida, destaca que além da automatização de tarefas, o uso da inteligência artificial possibilita que sejam feitas previsões ligadas ao uso das ferramentas. “A inteligência artificial tem uma infinidade de aplicações, mas o Judiciário tem aplicado, sobretudo para automatização de tarefas”, assinalou.

Antes de ser disponibilizado para os(as) usuários(as), a nova versão do programa passou por uma série de testes para verificar a confiabilidade das análises e da classificação dos relatos. E mesmo agora a acurácia da plataforma continua a ser acompanhada pela equipe de Desenvolvimento e Análise de Dados.

“Mesmo já tendo a inteligência artificial na plataforma web, tivemos que começar do zero a incrementação no mobile porque a tecnologia usada em cada uma das plataformas é diferente. Mas a lógica é a mesma”, conta Felipe Pereira, desenvolvedor que esteve à frente do projeto junto ao estagiário de Sistema da Informação, Gabriel Santa Ritta.

Um novo aplicativo

Além da implementação da inteligência artificial, a nova versão do software passou por uma completa remodelagem e agora conta uma linguagem de programação mais atual e informações mais acessíveis aos assistidos. Além disso, foram incluídos botões de acesso aos canais de registro e acompanhamento de manifestações da Ouvidoria.

Para remodelagem da aplicativo, além das necessidades de atualização inerentes ao uso da tecnologia, foram levados em consideração os comentários na loja de aplicativos do Google. “Cerca de 30% dos(as) usuários(as) apontavam que não conseguiam fazer agendamento, resetar a senha, fazer cadastro. Verificamos que a versão da linguagem estava obsoleta e algumas regras de negócio não funcionavam muito bem”, conta a analista que lidera os desenvolvedores, Daniele Souza.

“No novo aplicativo muitas coisas melhoraram. Toda a interface foi pensada visando a melhor experiência do usuário, cores, textos, botões, perfil, noticias, menu etc…Tudo feito da forma mais intuitiva possível para que todos consigam usar facilmente”, destaca Gabriel Santa Ritta.