COMUNICAÇÃO

Nota 980 no Enem e com o sonho de ser defensora, Maria Eduarda conhece a sede da Defensoria

16/03/2022 17:08 | Por Rafael Flores - DRT/BA 5159

Agora estudante de Direito, Maria Eduarda foi convidada por nós para conhecer a sede da Defensoria no CAB, em Salvador, e circulou por alguns espaços e histórias da instituição

Com a nota 980 que recebeu na redação do Enem, Maria Eduarda Pinheiro, 18 anos, disse ao site G1 que ingressaria no curso de Direito e gostaria de seguir a carreira de defensora pública. Desde criança, dizia aos pais que queria ser advogada, inspirada em uma prima que seguiu a profissão. Mas, pesquisando qual a área poderia mudar a vida de pessoas vulneráveis, encontrou a Defensoria.

“Eu achei a Defensoria e entendi que ela realmente ajuda a quem precisa, que são pessoas que não podem pagar um advogado ou tenham alguma dificuldade em acessar a Justiça. Eu achei esse trabalho muito incrível, eu acho perfeito, me encontrei e espero um dia fazer parte”, disse a estudante de 18 anos. Nesta terça, 16, agora já estudante de Direito, Duda esteve pessoalmente na sede da Defensoria Pública – DPE/BA, no Centro Administrativo da Bahia, em Salvador, para conhecer alguns espaços e histórias da instituição.

Mostrando-se conectada e atenta a vários assuntos referentes à instituição, ela esteve no gabinete do defensor público geral, Rafson Ximenes, onde conversou também com a ouvidora geral Sirlene Assis, além de marcar presença na sala da coordenadora da Especializada Criminal e de Execução Penal Fabíola Pacheco. “Eu fico muito feliz com a fala de Eduarda, porque na minha época de faculdade apenas eu na minha sala queria ser defensor e ela já tinha isso na cabeça antes mesmo de entrar no curso. As pessoas não sabiam o que era, como funcionava, isso mostra o quanto a instituição cresceu e é admirada”, comenta Rafson, que presenteou a estudante com um kit de publicações da DPE/BA.

Fabíola Pacheco concorda que a Defensoria é o lugar apropriado para Maria Eduarda fazer a diferença. “Aqui vamos nos deparar com muitas dificuldades, que é o que nos coloca na obrigação de fazer a diferença para driblar essas dificuldades na vida das pessoas. Por exemplo, enquanto parte da sociedade dizia que os presos mereciam morrer abandonados durante a pandemia, estávamos lutando para que as vacinas para os internos de presídios na Bahia”, exemplificou a defensora sobre garantia de direitos para pessoas privadas de liberdade.

Maria Eduarda quase tirou a nota máxima em uma redação cujo o tema foi bastante comentado na época por ter sido considerado imprevisível: “invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil”. O tema tem tudo a ver com a Defensoria Pública, já que garantir cidadania e o registro civil dos assistidos é uma das áreas mais fortes de atuação da Instituição. “Foi uma tema difícil, mas eu consegui fazer relação com o direito das pessoas que não tem acesso a documentação”, conta a estudante.