COMUNICAÇÃO

Mulheres debatem Segurança Pública em Salvador

08/06/2009 14:30 | Por

O que as mulheres pensam sobre Segurança Pública? Responder esta pergunta é o objetivo do estudo "Mulheres - Diálogos sobre Segurança Pública", uma iniciativa da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM/PR), que iniciou nesta quarta (3) no Hotel da Bahia, em Salvador, quinta cidade a receber o estudo. A defensora pública geral, Tereza Cristina Ferreira participou da mesa de abertura junto à subsecretária da SPM, Aparecida Gonçalves e à secretária Luiza Bairros, da Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade (SEPROMI). As idéias produzidas nos debates serão apresentadas na 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública (ICONSEG), que acontece de 27 a 30 de agosto de 2009, em Brasília.

Na platéia, 30 mulheres de diferentes classes sociais e atuação política da Bahia. As mulheres representam associações, fóruns e conselhos políticos com atuação nos diversos setores. "A Defensoria Pública da Bahia tem o compromisso de estar próxima às bases para a construção de políticas públicas, como as de Segurança", afirmou a defensora pública geral, Tereza Cristina, ressaltando o descrédito que há quanto à participação efetiva de mulheres com suas idéias e suas atuações em instituições públicas e na construção delas. "Não há políticas de enfrentamentos que sejam construídas sem o diálogo com a sociedade e as mulheres devem estar presentes nesta interação", pontuou.

Para a subsecretária da SPM, a iniciativa levará outro olhar para a Conferência Nacional. "O Diálogos mostrará a visão das mulheres sobre as variadas violências (intrafamiliar, doméstica e urbana) que as acometem e, através de documentários, artigos e outras comunicações, levaremos novas diretrizes a partir de nossas vivências, que são diferenciadas", afirmou. Para a secretária Luiza Bairros, as mulheres negras, em especial, devem se fazer representar nestes Diálogos para que possam falar de suas particularidades. "Precisamos de espaços como estes, retomar nossas práticas de conversarmos umas com as outras e podermos fazer ouvir nossas vozes. Uma ótima oportunidade para dizermos o quanto nos sentimos seguras ou inseguras em nossas casas, em nossos bairros e falar das várias violências que nos atingem enquanto mulheres negras", disse.

Participaram dos debates as defensoras Fabíola Pacheco e Larissa Guanaes, além da coordenadora das Defensorias Regionais, Firmiane Venâncio, coordenadora das Regionais. Lançado no Rio de Janeiro em abril, o estudo Diálogos será realizado ainda em Belém (PA) e Canoas (RS).