A persuasão é o principal instrumento do defensor na defesa dos assistidos durante os tribunais do júri. A afirmação foi feita pelo defensor Raul Palmeira na conferência sobre a arte do convencimento, que acaba de ser proferida no salão Pelourinho do Iberostar Resort, como parte da programação do I Encontro de defensores de júri.

Segundo Palmeira, através da persuasão, o defensor transporta os jurados na rememorização do fato que envolveu o assistido, que é réu no processo e dessa forma, fazer com que a defesa seja ouvida. "Nos tribunais ficamos sentados no último degrau da escada e só temos como parceiro nosso assistido", destacou o defensor que acumula a marca de mais de mil júris.

De acordo com ele, a fala é uma arma para o defensor do júri e até o silêncio pode falar, se for necessário. "No tribunal, defendemos teses e não verdades", ressaltou Palmeira citando exemplos de casos que vivenciou em suas defesas.

Raul Palmeira é subcoordenado da Defensoria Especializada Criminal e um dos idealizadores deste encontro.