COMUNICAÇÃO

Gamboa – Defensoria notifica entes públicos para suporte aos familiares dos jovens mortos

09/03/2022 16:49 | Por Ailton Sena DRT 5417/BA
Foto: Mateus Pereira/GOVBA

A iniciativa integra as ações adotadas a partir do atendimento jurídico e psicossocial prestado às famílias; as secretarias têm 72 horas para se pronunciar sobre o pedido.

Para contribuir com a garantia de meios de subsistência mínimos para as famílias dos três jovens mortos durante ação da Polícia Militar na comunidade da Gamboa, em Salvador, no último dia 1º, a Defensoria Pública da Bahia (DPE/BA) notificou a Secretaria Municipal da Reparação – SEMUR e a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Estado da Bahia – SEPROMI. 

Os ofícios enviados nesta terça, 8, (SEMUR) e quarta, 9, (SEPROMI),  solicitam que os respectivos órgãos públicos avaliem a possibilidade de distribuição de cestas básicas para as famílias das vítimas durante um período igual ou superior a seis meses. Dada a urgência da situação, a DPE/BA estabeleceu o prazo de 72 horas para que as Secretarias se manifestem sobre o pedido.

Assinados pelas coordenadoras da Especializada de Direitos Humanos, Eva Rodrigues e Lívia Almeida, os documentos destacam que a “gravíssima situação de violação dos direitos humanos” ocorrida naquela comunidade, provocou enorme sofrimento e desamparo às famílias das vítimas. Com a distribuição das cestas básicas, será possibilitado “o alcance das políticas públicas a quem precisa e a compensação, ainda que irrisória, dos efeitos da violência”, afirma o documento.  Nas redes sociais, desde o dia 03 de março, a comunidade da Gamboa realiza uma campanha de doações em dinheiro para auxiliar as três famílias.

A comunicação enviada pela DPE/BA é fruto do atendimento jurídico e psicossocial prestado pela instituição aos familiares de jovens mortos. “Essas famílias estão extremamente vulneráveis, desempregadas e, nesse momento, ainda vivendo o luto da perda dos filhos. Nesse contexto de extrema violência estatal, cabe ao Estado, mediante outros serviços, dar o apoio que essas famílias negras merecem e precisam”, enfatizou a defensora pública Lívia Almeida.