Com a finalidade de amparar a estudante Stefanni Coelho, que necessita fazer uso de medicação de alto custo para tratamento de diabetes, a 2ª Defensoria Pública Regional - Vitória da Conquista propôs uma ação judicial contra o Estado e o Município, já que os mesmos negaram o pedido de remédio, apesar de o medicamento constar na lista de dispensação de análogos pela rede pública de saúde.

De acordo com a defensora pública Marta Almeida, que atendeu a assistida, o Estado e o Município não apresentaram qualquer justificativa para a negação dos remédios. "Eles apenas disseram que estavam revisando a lista de dispensação de análogos. A requisição administrativa de Stefanni sequer foi entregue nem tampouco deram perspectivas a ela", explicou.

A diabetes é uma doença que impede o pâncreas de produzir insulina e, por conta disso, os pacientes passam a depender de medicação constante, ou seja, insulina injetável. Acometida pela doença, Stefanni, que tem 19 anos, apresenta hoje 38kg e mede cerca de 1,50m de altura. "Os médicos que a atenderam constataram que ela sofreu uma perda de peso radical", afirmou a defensora pública. Devido a esta situação, Stefanni necessita de medicação insulina flexXped 5 e tiras reagente, além de alimentação rica em carboidratos e exercícios diários.

Um dia depois de ter procurado a Defensoria, a liminar foi concedida, obrigando o Estado e o Município de Vitória da Conquista, em um prazo de 72 horas, disponibilizar a medicação, sob pena de multa diária. A assistida aguarda o recebimento da medicação.