COMUNICAÇÃO

Estádio de Pituaçu é vistoriado

22/08/2008 19:00 | Por

Uma equipe formada por representantes da Defensoria Pública da Bahia, do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Sedes) inspecionou, ontem, quinta, 21, as obras de revitalização do Estádio Roberto Santos (Pituaçu), na Avenida Pinto de Aguiar, em Salvador. O objetivo da visita foi verificar se o local oferecerá acessibilidade a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.

Inaugurado em 1978, o estádio de Pituaçu prevê instalações adaptadas de acordo com as necessidades de cada pessoa. Segundo os engenheiros, estão sendo construídos corrimões, escadas, banheiros e rampas. "Tudo dentro das normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)", garante o arquiteto Mário Bestetti, um dos coordenadores da obra.

Futuramente, também será criada uma passarela de ligação entre o estádio e o estacionamento, localizado no Centro Administrativo da Bahia (CAB), que fica há um raio de 3,5 km de distância. "A preocupação é disponibilizar diversas formas de acesso ao estádio. Para isso, contaremos, também, com elevadores hidráulicos", informou a engenheira da Conder, Andréa Luz.

PREOCUPAÇÃO - A defensora Eva Rodrigues, que atua na Defensoria Pública Especializada de Defesa dos Direitos Humanos, disse que, até agora, tudo o que foi apresentando em relação à parte interna do estádio é satisfatório. Porém, destacou que a maior preocupação é com as obras no entorno do estádio, que só serão concluídas posteriormente. "Não existe previsão para a construção da passarela e do edifício-garagem, que servirá de estacionamento. Isso deve dificultar o deslocamento de algumas pessoas", argumenta.

Osny Bonfim, subsecretário da Sedes, questionou, no entanto, se as cadeiras das arquibancadas darão conforto às pessoas que sofrem de obesidade. "Infelizmente, nenhum estádio do mundo priorizou esse item. Nem mesmo a FIFA", esclareceu um dos técnicos.

Já o chefe da Coordenadoria de Apoio à Pessoa com Deficiência da Sedes, Antonio Carlos, espera que todas as determinações sejam, de fato, cumpridas. Para ele, as pessoas devem ser respeitadas, independentemente de raça, cor ou credo. "Queremos apenas espaços públicos com acessos seguros, para que possamos nos deslocar de forma autônoma", afirma.

Com capacidade para abrigar cerca de 32 mil pessoas, o estádio de Pituaçu, que passa por reformas desde fevereiro último, está previsto para ser entregue ainda no final deste ano, conforme esperam os engenheiros.