Cerca de 300 internos do Presídio Salvador, localizado no bairro da Mata Escura, já tiveram seus processos analisados em uma primeira mobilização promovida pela Defensoria Pública do Estado da Bahia no período de 15 a 19 de junho. Segundo a subcoordenadora da Defensoria Pública Especializada Criminal e de Execução Penal, Rita Orge, a mobilização prosseguirá até que todos os internos do Presídio Salvador tenham sua situação regularizada. Atualmente são 1.063 detentos na unidade, que é destinada àqueles que tem prisão provisória, ou seja, aguardando sentença.

A Defensoria Pública pretende, principalmente, levantar dados sobre a situação penal de todos os detentos afim de diminuir a superlotação da unidade. "Estamos entrevistando todos os detentos individualmente e, havendo a necessidade de alguma medida em relação às suas penas, os defensores o farão", pontuou a coordenadora Rita Orge.

Segundo a coordenadora, a Defensoria irá ampliar estes levantamentos também junto a detentos de outras unidades, inclusive nas Delegacias, onde a situação de superlotação é ainda mais crítica. "Nestes locais, o número de presos que precisam de assistência é ainda maior. Podemos prever que este trabalho nas delegacias já se inicie até o final deste mês de julho, quando colocaremos defensores públicos para fornecer assistência jurídica aos que necessitem nas delegacias, principalmente na capital", afirmou a defensora.

Nesta primeira mobilização criminal no Presídio Salvador, os presos contam com o atendimento dos defensores públicos Larissa Guanaes, Pedro Machado, Rafson Saraiva e Rosenilde de Andrade, sob a coordenação de Rita Orge.