No carnaval de Salvador são as pessoas do sexo masculino quem mais se envolvem em conflitos que levem à prisão. De acordo com os flagrantes encaminhados à Defensoria Pública de 1 hora da manhã de ontem, 12/02, até o meio dia de hoje, de 20 flagranteados, 18 eram homens. Destes, 60% tem emprego ou trabalham como autônomos e 50% são afrodescendentes.
Com o objetivo de contribuir para a elaboração de um diagnóstico do Carnaval junto com as demais instituições que trabalham para que a maior festa de rua do mundo seja realizada sem violência, os defensores públicos que estão de plantão até a quarta-feira de cinzas coletam todas as informações possíveis nos postos policiais, Observatório de Discriminação Racial, Violência contra a Mulher e Homofobia, Central de Atendimento a Crianças e Adolescentes e nos três circuitos da folia.
De acordo com o levantamento feito até o meio dia de hoje, 50% das ocorrências registradas em flagrante e encaminhadas à Defensoria foram fora dos circuitos Dodô (Barra/Ondina), Osmar (Campo Grande /Avenida Sete) e Batatinha (Pelourinho). ” Estamos com uma equipe de defensores que atuam não apenas na área Crime, mas também na área de Família, Infância, Violência contra a Mulher e Saúde”, explica a defensora Carmen Novaes, que integra a coordenação do Plantão do Carnaval.
O Plantão da Defensoria pode ser acionado pela Central de Atendimento através do 129, cuja ligação é gratuita – exceto para celular. Afora as situações geradas nos circuitos da folia, os defensores públicos podem prestar assistência jurídica para resolver problemas ligados a internação em unidades hospitalares. Onze defensores por dia atuam para garantir que os direitos dos cidadãos sejam respeitados, estejam eles ou não na folia.