COMUNICAÇÃO

CAMPO FORMOSO – Frio não inibe presença do público e Unidade Móvel registra 81 atendimentos

26/08/2022 16:20 | Por Tunísia Cores - DRT/BA 5496

Encerrados próximo às 20h, atendimentos ocorreram na praça Dois de Julho, em frente ao Fórum Desembargador Adolfo Leitão Guerra

Nem a neblina, a chuva ou o frio de aproximadamente 21ºC registrado no início da manhã desta terça-feira, 23, inibiram a presença da população de Campo Formoso, no território de identidade Piemonte Norte do Itapicuru, na Unidade Móvel de da Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA. Os 81 atendimentos foram encerrados aproximadamente às 20h pela equipe da Instituição, na praça Dois de Julho, em frente ao Fórum Desembargador Adolfo Leitão Guerra.

Entre as pessoas atendidas esteve Joselito Benedito da Silva, 74 anos, que buscou a Defensoria da Bahia para receber orientações a respeito da invasão de um imóvel que está há mais de 70 anos em sua família e foi passada para o seu nome. Para além de imaginar o risco que se apresentou com a situação, o idoso temia que a ocupação indevida interferisse negativamente na venda das terras que estava em vias de ser finalizada.

Informado da ocupação por um vizinho, na semana passada, Joselito assistia ao telejornal local quando viu que a Unidade Móvel da DPE/BA prestaria assistência jurídica gratuita em Campo Formoso e não pensou duas vezes antes de decidir ir à praça Dois de Julho.

“Eu não entendo das questões legais, a minha idade me traz limitações e também tenho uma deficiência. Mas não perco um jornal e vi que o caminhão estaria aqui, é a única alternativa que acredito que pode resolver. Nós, pobres, da roça, se a gente não aproveitar a oportunidade de [termos] atendimento gratuito, vamos fazer o que?”, desabafou.

Apesar da preocupação de Joselito acerca do imóvel, o defensor público Gil Braga explicou que uma vez realizada a venda, cabia ao novo dono adotar as medidas cabíveis. “Como ele já tinha passado a posse, a empresa deveria buscar os meios de combater essa invasão”, explicou durante a orientação jurídica o coordenador do Núcleo de Integração.

Neuza Figueiroa, 71 anos, e seu filho Marcos Figueiroa, 42 anos, também aguardaram o atendimento da Unidade Móvel a fim de percorrer os trâmites legais para a emissão da escritura da casa onde moram em Campo Formoso. Neuza morava na residência com o ex-esposo há décadas, mas a documentação não foi emitida.

“Convivi por mais de 30 anos com meu ex-marido, ele faleceu e não fizemos a escritura da casa. Queremos regularizar a escritura e os demais documentos. Anunciaram na rádio que a Defensoria estaria aqui, ouvimos a entrevista [do defensor público] e viemos”, explicaram.

A equipe foi formada pelo(a) defensor(a) Gil Braga e Walmary Pimentel; pelas(os) servidoras(es) Ana Carolina Mira, Fernanda Menezes, Maíra Brasil, Tunísia Cores, Dedeco Macedo, João Almeida, Marcos Silva, Wellington Costa; dos artífices André Dias e Carlos Santos, além dos motoristas Cristóvão Alves e Adalberto Muniz.