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Em 2ª reunião com Secretarias, Defensoria cobra solução para os 600 alunos de Pernambués

20/07/2011 10:07 | Por tao_adm
Em 2ª reunião com Secretarias, Defensoria cobra solução para os 600 alunos de Pernambués
Em 2ª reunião com Secretarias, Defensoria cobra solução para os 600 alunos de Pernambués

Após visitar a Escola do Centro Social Urbano de Pernambués na última sexta-feira (15), o engenheiro civil da Superintendência Administrativa da Bahia (Sucab), Murilo Bahiense, constatou que ainda há risco de desabamento na instituição, que desde maio está fechada. Após parecer técnico do profissional, a Defensoria Pública reuniu representantes da Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer da Bahia (Secult), da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate a Pobreza (Sedes), Ministério Público, representantes dos pais dos alunos e moradores da região para buscarem uma solução para que os 600 alunos da escola voltem às aulas.

O subcoordenador da Secult, Francisco Souza Filho, ressalta a necessidade de uma reforma emergencial no CSU. "Não podemos deixar para o início do ano letivo". Ele ainda explica que o prédio alugado pela Prefeitura é uma "bomba-relógio" e não apresenta condições essenciais para abrigar os alunos. Porém, a burocracia envolvida entre os diversos órgãos da Prefeitura para o começo das obras na escola de Pernambués parece não estar a favor dos estudantes. O engenheiro responsável pela vistoria do local conta que a recuperação imediata do pavilhão requer tempo. "É necessário verificar o processo de licitação do orçamento da Sucab que foi encaminhado à Sedes, já que o mesmo foi elaborado pela área total do CSU".

Subcoordenadora do Núcleo de Proteção aos Direitos Humanos, a defensora Fabiana Almeida, questiona sobre o período de intervenção para troca do telhado e reforma do prédio ou até mesmo a construção de um novo espaço para a escola. A coordenadora da Sedes sugere que a proposta de reforma da escola seja executada pelo órgão até 2012, quando o termo de conduta (TAC) deve ser revisado. Sem estipular um prazo, a promotora de Justiça Maria Pillar afirma que o TAC deve ser revisado em caráter emergencial para não prejudicar as crianças. Já o assessor técnico da Secult, Antônio Mello afirma que construir um novo prédio levaria muito tempo, cerca de um ano e meio, devido ao processo de elaboração, licitação e execução da obra. A possibilidade de alugar um novo terreno na comunidade foi apresentada pelo coordenador da Secult, Fabio Pereira. O processo está em fase de pesquisa junto à Secretaria da Fazenda.

No caso da Escola Frei Leônidas, o problema de infraestrutura já tem prazo definido para ser solucionado. "Em 45 dias a reforma da instituição será entregue", declara Fabio, que ainda promete tentar desburocratizar o processo para reduzir o tempo de obra. Na ocasião, também foi discutida a criação de um espaço de afirmação para o desenvolvimento do "Educando para a Cidadania", projeto desenvolvido pelo Ministério da Educação que visa dar noções de cidadania a crianças e adolescentes através de temas que fazem parte do cotidiano. Segundo a diretora da escola Frei, Letícia Santana, somente após muita insistência a direção da Escola Municipal concedeu algumas salas, de acordo com um calendário a ser programado, para a realização de atividades pedagógicas. A promotora de Justiça ainda salientou a importância da prática extracurricular na rotina das crianças.

O representante da comunidade Manuel Messias conta que não agüenta mais ver os jovens da região sem acesso à educação e cobra uma decisão. Para finalizar o encontro, a Defensoria sugeriu que a população procurasse novos espaços na comunidade afim de apresentar como propostas para aluguel. Uma nova reunião foi agendada para a próxima quinta-feira (28) visando à apresentação definitiva da proposta de reforma para as duas escolas de Pernambués.