Acessibilidade

Aumentar fonte Diminuir fonte Alto contraste
Fale com a defensoria
NOTÍCIAS

Defensoria da Bahia participa de audiência no STF que discute corte de Bolsa Família no Nordeste

15/10/2021 10:10 | Por tao_adm
Defensoria da Bahia participa de audiência no STF que discute corte de Bolsa Família no Nordeste
Defensoria da Bahia participa de audiência no STF que discute corte de Bolsa Família no Nordeste

A Defensoria Pública da Bahia participou, nesta sexta-feira, 15, de uma audiência promovida pelo Supremo Tribunal Federal para discutir a ação movida pelos estados do Nordeste contra os cortes de Bolsa Família na região. A alegação é de que, no ano de 2019 houve uma redução de 1,1 milhão de famílias amparadas pelo programa de transferência de renda. Os estados do Nordeste são responsáveis por abrigar 50% dos beneficiários do Bolsa Família, porém, 428,5 mil foram excluídos do programa.

Uma ação cível elaborada por oito estados do Nordeste – Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte – pedindo a suspensão dos cortes e que o Governo Federal justifique o critério usado para encerrar os benefícios. “Foi identificado, por exemplo, que entre os novos beneficiários, apenas 3% são nordestinos, enquanto que a região Sul e Sudeste representava 75% dos beneficiários. E a gente sabe que, historicamente, o Nordeste sempre teve uma necessidade maior de equalização”, explica o defensor público e um dos coordenadores da Especializada Criminal e de Execução Penal, Pedro Casali.

Audiência foi realizada virtualmente

Audiência foi realizada virtualmente

Além dele e do defensor público Hélio Soares representando a DPE/BA, participaram da audiência para tratar do tema, representantes das defensorias dos demais estados do Nordeste, das procuradorias gerais dos estados e o governador do Piauí, Wellington Dias. Em sua fala, Pedro destacou a necessidade de que seja criada uma metodologia para distribuição do Bolsa Família que observe a isonomia material. “A Constituição Federal proíbe a discriminação, mas postula como objetivo da República a erradicação da pobreza e da marginalização. Então, é prevista essa isonomia material de modo que se privilegie e respeite as diferenças regionais”, ressaltou.