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Defensoria atua em diferentes frentes em caso de danos ambientais no município de Arataca

Além de atuar judicialmente em defesa de assistido, a DPE/BA também propôs TAC à prefeitura municipal
18/07/2025 09:07 | Por Priscilla Dibai
Defensoria atua em diferentes frentes em caso de danos ambientais no município de Arataca
Defensoria atua em diferentes frentes em caso de danos ambientais no município de Arataca

O caso começou como uma denúncia de despejo irregular de lixo em um lote de assentamento de reforma agrária em Arataca, no Sul do Estado, que estaria prejudicando a produção de cacau de uma das famílias assentadas. Após a visita da Defensoria Pública à região, foi verificada a existência de graves danos ambientais, inclusive com possível contaminação do rio que abastece o município.

O agricultor Lourisval Mendes procurou a sede da DPE/BA em Camacã – responsável por atender também a cidade de Arataca – para denunciar a existência de um lixão no assentamento Terra Vista. De acordo com o assistido, o seu lote estava sendo utilizado para o despejo irregular de resíduos sólidos pela prefeitura do município.

No sentido de barrar a continuidade dos danos ambientais, a Defensoria empreendeu uma série de ações, que vão desde a atuação individual em favor da família diretamente atingida  – via ação indenizatória – até uma proposta de intervenção coletiva – com a formalização de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com a prefeitura. 

O defensor público Phillipe Siqueira esteve reunido com o prefeito de Arataca, Fernando Mansur, quando apontou a urgência em suspender o processo de contaminação e cobrou respostas rápidas do município. “Verificamos danos ambientais graves na região. Essa situação de risco atinge não apenas à comunidade do assentamento, mas a população como um todo, o que tornou nossa atuação ainda mais urgente”, afirmou o defensor.

O município ficou de apresentar um relatório técnico, juntamente com a Embasa, sobre a condição e a qualidade da água. “Esperamos que o poder público se comprometa com a restauração ambiental. Na ação que ingressamos, a Justiça estabeleceu a aplicação de multa ao município, caso os despejos irregulares de lixo continuem, e caso não apresente plano de recuperação da área degradada”, explicou  Phillipe Siqueira.

Paralelamente às negociações extrajudiciais, a DPE  obteve liminar que garantiu uma indenização mensal a Lourisval Mendes, cuja produção de cacau foi danificada e interrompida. “Nosso assistido sofreu danos pelo lixão irregular, que inviabilizou sua subsistência, já que a produção de cacau em seu lote foi interrompida. A Justiça acatou nosso argumento e deferiu pela pensão mensal no valor de um salário mínimo, em razão de o agricultor ter os lucros cessados”, afirmou o defensor.