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Em Feira de Santana, Defensoria reúne especialistas para falar com os jovens sobre drogas

27/05/2013 08:05 | Por tao_adm
Em Feira de Santana, Defensoria reúne especialistas para falar com os jovens sobre drogas
Em Feira de Santana, Defensoria reúne especialistas para falar com os jovens sobre drogas

Os adolescentes internados nas CASES Zilda Arns e Juiz Melo Matos, em Feira de Santana, contaram com uma programação especial produzida pela 1ª Regional, em comemoração à Semana da Defensoria Pública. No último dia 14, as atividades das comunidades foram alteradas. No lugar da tradicional rotina – cartilhas, exibição de vídeos, palestras e depoimentos integraram o lançamento da campanha Crack? Só de Esporte! produzida pela Defensoria Pública da Bahia em parceria com o Instituto Popó Freitas e lançada nas Comunidades de Atendimento Socioeducativo. A iniciativa da Instituição visa levar, preferencialmente, ao público jovem, informações e relatos de experiências profissionais que possam estabelecer uma nova perspectiva de compreensão sobre o consumo abusivo de substâncias psicoativas.

Para conversar sobre o tema, os adolescentes ouviram, atentos, palestras ligadas ao assunto. Convidados pela Defensoria, a terapeuta ocupacional do CAPS-AD, Rosângela Costa Sampaio, falou sobre as diversas substâncias psicoativas, seus usos e efeitos e sobre os serviços disponibilizados pela Unidade de Atendimento Psicossocial. Já o psicólogo da Casa de Internação Compulsória Mansão da Vitória, Thiago Mangueira Marcos, conversou com os jovens sobre o apoio psicológico oferecido aos dependentes de substâncias psicoativas.

RECOMEÇO

O destaque da apresentação ficou por conta do depoimento do terapeuta holístico da Casa de Internação Compulsória Mansão da Vitória, Adelmo Ferreira da Silva. Ex-usuário de drogas, Adelmo da Silva contou um pouco da sua história, do período em que foi dependente de substâncias psicoativas e de como conseguiu mudar o rumo da sua vida. Hoje, ao trabalhar com jovens em situação semelhante, o terapeuta reafirmou a possibilidade que todos possuem de reescrever um novo capítulo para suas vidas e recomeçar.

As ações desenvolvidas pela Regional da Defensoria em Feira de Santana, coordenadas pela subcoordenadora da Defensoria na cidade, Alexandra Soares da Silva e desenvolvidas também pelos defensores públicos Eduardo Feldhaus, Amabel Crysthina Mesquita Mota, Matheus Góes Santos, Anderson Grecchi e Bruno Moura Castro integram a campanha nacional da Defensoria Pública, cujo tema este ano é: Defensores Públicos – Pelo Direito de Recomeçar. A iniciativa tem o objetivo de divulgar a necessidade da criação de mecanismos de reinserção social para pessoas privadas de liberdade, tendo como princípio a educação e geração de emprego ainda durante o cumprimento da pena. Além disso, a ideia é apresentar iniciativas positivas e casos de ex-detentos ou de ex-educandos que, através de oportunidades de trabalho e educação (formação), reconquistaram seu espaço, quebrando o ciclo da reincidência, assim como o hoje terapeuta, Adelmo da Silva.

Já no dia 15, foi a vez de levar a iniciativa para o Presídio de Feira de Santana. Lá, cerca de 60 custodiados participaram do lançamento das cartilhas, bem como das palestras promovidas pelas psicólogas do CAPS-AD, Cyntia Oliveira Vieira e Silva e Lívia Caroline Leite Silva, além das palestras do terapeuta Adelmo Ferreira da Silva, que novamente falou sobre sua experiência como ex-usuário de drogas, e do psicólogo Thiago Mangueira Marcos. Os defensores públicos Melina Dantas Prates, Liliane Miranda do Amaral, Leonardo Alves de Toledo e Marcelo Santana Rocha participaram também desta atividade, assim como a subcoordenadora, Alexandra Soares da Silva.

Além de Feira de Santana, o lançamento da campanha Crack? Só de Esporte! aconteceu em Salvador, nas outras cinco regionais da Defensoria Pública e em diversas comarcas do interior. No entanto, a campanha educativa se desdobrará para atingir de modo amplo seu público-alvo, que compreende os jovens estudantes de escola pública, os adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa e a população carcerária do Estado.