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Ser e Existir – Primeiro dia de seminário debate respeito à população LGBTQIA+ desde a infância

Por Ingrid Carmo DRT/BA 2499

Realizada no primeiro dia do evento, a mesa trouxe reflexões de quem é mãe e quem lida com crianças e adolescentes

“Viver é melhor que sonhar. Eu sei que o amor é uma coisa boa”. Ainda ecoando os trechos da música Como Nossos Pais, composta por Belchior, eternizada na voz de Elis Regina e que foi dublada na abertura pela drag queen Petra da Bancada, o Seminário “Pelo Direito de Ser e Existir” deu continuidade à sua programação com a mesa sobre a importância de garantir e respeitar os direitos humanos da população LGBTQIA+ desde cedo. Transmitido pela internet, o evento foi promovido pela Ouvidoria Cidadã da Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA e os participantes receberão certificado.

Tendo como tema a “Garantia dos direitos humanos da população LGBT começa na infância e adolescência”, a primeira mesa do seminário foi realizada ainda no primeiro dia, 24 de março, e contou com a mediação da coordenadora da Especializada de Proteção aos Direitos Humanos e Itinerante da DPE/BA, Lívia Almeida.

“Que os direitos das pessoas LGBTQIA+ sejam respeitados desde cedo e que possamos praticar uma educação antiLGBTfóbica. Também estou aqui para aprender e, como mãe, quero ensinar a meu filho a ser uma criança livre e feliz, que seja o que quiser e que respeite as pessoas como elas querem ser e viver”, contou a coordenadora, no início da mesa.

Trazendo seu lugar de fala como mãe de uma mulher trans, a coordenadora do Coletivo Mães do Arco-Íris, Cristiane Sarmento, destacou que ser LGBTQIA+ não é uma opção e que os pais e a sociedade precisam respeitar, amar e acolher estas pessoas, pois a luta pelo direito à vida e de ser quem quiser são constantes.

“Quando a sociedade olha para uma pessoa LGBT não percebe, ou não quer perceber, que um dia essa pessoa foi uma criança e um adolescente. Ser LGBT não é uma opção, escolha, moda ou fase que passa. Quando uma criança começa com um comportamento diferente daquele que os pais ou a sociedade esperam ou desejam começa todo um processo de medo, preocupação, ansiedade em tentar reverter ou modificar, como se isso fosse possível”, ressaltou Cristiane.

Ainda em sua fala, a coordenadora do Coletivo Mães do Arco-Íris aconselhou: “nossos filhos são seres humanos! O gênero, a sexualidade, corpo e o comportamento jamais devem ser considerados como erros da natureza, causarem constrangimento ou serem considerados como doença”.

A mesa também contou com as reflexões do superintendente de Planejamento Operacional da Rede Escolar da Educação do Estado da Bahia, Manoel Vicente Calazans; do psicólogo e especialista em Educação, Pobreza e Desigualdade Social, Gabriel Teixeira; do conselheiro tutelar que atua na unidade de Narandiba (XIII), Alex Brito; e da vice-presidente do Conselho Estadual de Juventude do Estado da Bahia – CEJUVE, Sheyla Klícia. O público que estava assistindo à transmissão também fez considerações sobre o tema.

Este seminário promovido pela Ouvidoria da Defensoria baiana também foi acompanhado pelos ouvidores-gerais de Defensorias de outros estados: enquanto o ouvidor-geral da Defensoria Pública do Estado do Piauí – DPE/PI, Djan Moreira, marcou presença virtual na abertura, esta primeira mesa foi acompanhada pela ouvidora-geral da Defensoria Pública do Estado do Ceará – DPE/CE e vice-presidente do Conselho Nacional de Ouvidores das Defensorias Públicas, Antônia Araújo.

Os vídeos, na íntegra, de cada mesa do Seminário estarão disponíveis no canal da Defensoria Bahia no YouTube.