O mundo está cada vez mais diverso, plural, conectado e acessível. Por esses fatores, a inclusão vem tomando caminhos mais efetivos e relevantes. Pensando nisso, a Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA lançou o Projeto Abraçando Vidas, uma ação institucional que tem o objetivo de reinserir na sociedade jovens e adolescentes que estão cumprindo medida socioeducativa de semiliberdade ou liberdade assistida em decorrência de ato infracional.

“É um projeto voltado aos adolescentes residentes em unidades de acolhimento ou abrigos e aos grupos vulneráveis atendidos pela Defensoria, como pessoas com deficiência, público LGBT, adolescentes vítimas de violência doméstica, entre outros”, explica defensora pública e coordenadora da Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, Gisele Aguiar.

A proposta institucional foi pensada para fomentar reflexões e mudanças no cenário atual sobre a inclusão social, estimulando à construção da cidadania, desenvolvimento mental, moral, profissional e educacional, com experiências reais no mercado de trabalho, assegurando de fato a inclusão social e profissional desses jovens e adolescentes que são marginalizados socialmente.

Gisele Aguiar destaca ainda que “é dever do Estado assegurar ao adolescente o direito à profissionalização, como forma de promoção social, além de potencializar a integração do mesmo à sociedade com dignidade e oportunidade. É dever da DPE/BA também participar desse processo, com a promoção de orientação jurídica e a defesa dos direitos individuais e coletivos e também a promoção de políticas públicas de direitos humanos dos mais vulneráveis”.

Abraçando vidas

Reforçando sua missão institucional, a DPE/BA iniciou o processo de seleção dos estagiários do Projeto Abraçando Vidas. Ao todo, são 15 vagas distribuídas: cinco para adolescentes oriundos do ato infracional, cinco para grupos vulneráveis da Especializada de DH e cinco destinadas ao acolhimento institucional.

Os cinco estagiários para as vagas destinadas ao acolhimento institucional passaram por processo seletivo na quinta-feira, 30 de outubro, conduzido pelo Núcleo Psicossocial da coordenação da Especializada da Infância. A seleção aconteceu no auditório da Esdep, no Canela, onde foi realizada entrevista e também foi aplicado questionário sobre o que é Defensoria, usando como referência a cartilha Conhecendo a Defensoria, entregue antes da aplicação.

Os jovens que irão preencher as vagas destinadas aos vulneráveis da Especializada de Direitos Humanos também já estão sendo selecionados, através do projeto DH nas Escolas. A coordenadora da Especializada, Lívia Almeida, reforça que “esses jovens serão beneficiados porque muitos deles terão a primeira experiência profissional e a oportunidade de conhecer o trabalho de uma das maiores instituições públicas do estado. A Defensoria promove mais uma ação que contempla a diversidade e é uma emoção poder participar desse processo. Eles também contribuirão muito, pois trarão outras vivências para o nosso dia a dia”.

Já as cinco vagas restantes, serão preenchidas através de indicação da Fundação da Criança e do Adolescente – FUNDAC, que mantém acompanhamento pedagógico dos participantes do projeto.