Em meio a atenção redobrada para desacelerar o crescente número de casos da Covid-19 no Brasil, principalmente com medidas de isolamento social neste período, a Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA, por meio da Especializada de Proteção aos Direitos Humanos e Itinerante, solicitou, na sexta-feira, 27, ao Departamento de Polícia Metropolitana (DEPOM), a investigação de crime contra um grupo de pessoas em situação de rua.

De acordo com os relatos das denúncias encaminhadas pela Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas (Renfa) e pela Organização de Mulheres Negras (Mahin), pessoas encapuzadas atearam fogo nos pertences de um grupo que vive em situação de rua, na localidade conhecida como Pela Porco, no bairro da Sete Portas, em Salvador.

No ofício, encaminhado pelas defensoras públicas Eva Rodrigues, Lívia Almeida, coordenadoras da Especialização de Proteção aos Direitos Humanos e Itinerante, e a defensora pública Fabiana Miranda, do Núcleo Pop Rua, a Defensoria reiterou que “as investigações são imprescindíveis, sobretudo pelo fato dessas pessoas em situação de rua da região terem informado à Rede que sofreram novas ameaças e pela mesma estar inserida em um grupo de extrema vulnerabilidade social, principalmente no momento crítico atual decorrente da Covid-19”.

Agora, a Defensoria vai aguardar um posicionamento da Delegacia, que pelo ofício tem prazo de até 72 horas para manifestar resposta.