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Defensoria Pública reafirma direitos de mulheres LGBT na ALBA

10/11/2016 04:11 | Por
Defensoria Pública reafirma direitos de mulheres LGBT na ALBA
Defensoria Pública reafirma direitos de mulheres LGBT na ALBA
Violência de Diversidade foi tema de sessão solene em alusão aos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher

A necessidade de criação de lei específica para proteger as mulheres LGBT foi reforçada pela Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA durante sessão solene "Violência na Diversidade" na Assembleia Legislativa da Bahia – ALBA nessa quinta-feira, 10. O defensor público Rodrigo Assis, do Núcleo de Atendimento à Mulher que integra a Especializada de Proteção aos Direitos Humanos da DPE/BA, falou sobre a falta de efetividade nas medidas para garantir a proteção à mulher e, principalmente, às mulheres trans. A sessão aconteceu no plenário da ALBA e integra a pauta dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher.

"É crucial para o nosso país que uma legislação seja concebida com o fim específico de proteger esse segmento tão vulnerável na sociedade, que é a população LGBT, as trans", afirmou Rodrigo ao citar o Estatuto do Idoso e o Estatuto da Criança e do Adolescente que o legislativo criou para ampará-los. "É por isso que, hoje, punge que a legislação realmente seja concebida para que a LGBT não fique completamente nas mãos do julgador que, de acordo com sua interpretação, vai dizer 'para ela eu vou aplicar a medida protetiva Maria da Penha e para essa eu não vou aplicar' ", exemplificou.

Propositora da sessão especial, a deputada estadual Luiza Maia declarou a "grande satisfação" pela parceira que tem com a Defensoria Pública. Em setembro deste ano, foi promulgada a Lei de Paternidade Responsável – Lei nº 13.577/2016, que obriga a comunicação de nascimento sem identificação de paternidade à Defensoria Estadual baiana. Luiza também destacou a importância em discutir violência contra a mulher e, principalmente, contra a mulher pertencente a segmentos mais vulneráveis – como transexuais, lésbicas e bissexuais – com diversos atores e representantes da causa na Bahia. "A diversidade humana existiu sempre, mas sabemos a carga de preconceito que o nosso Brasil enfrenta no nosso dia a dia", sustentou.

Estiveram presentes na sessão especial a representante do Conselho Estadual de Proteção aos Direitos Humanos, Copélia Rousseff; professora da Universidade Estadual da Bahia e ativista da Liga Brasileira de Lésbicas, Eide Paiva; professora doutora do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher da Universidade Federal da Bahia, Silvia Ferreira; entre outros.