COMUNICAÇÃO

JEQUIÉ – Jovens em situação de acolhimento institucional iniciam atuação na Defensoria por meio do projeto Abraçando Vidas

14/02/2020 13:37 | Por Tunísia Cores DRT/BA 5496

Projeto modelo foi proposto pela Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente

Por meio do projeto modelo Abraçando Vidas, a Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA em Jequié iniciou a contratação de jovens em situação de acolhimento institucional.  A iniciativa visa prover oportunidades aos jovens que compõem grupos vulneráveis, como aqueles que cumprem medidas socioeducativas em semiliberdade ou liberdade assistida decorrentes de prática de ato infracional, aqueles que residem em abrigos ou, ainda, em unidades de acolhimento.

Neste último caso se enquadra Fernando*, que deu os primeiros passos no estágio de nível médio na unidade da DPE/BA em Jequié nos últimos dias. “Estou gostando da experiência e é mais um passo em direção ao meu futuro”, comentou. Desde criança residente em abrigos, o jovem deixará o local onde mora por conta da idade, passará a ser beneficiado com aluguel social, devido à sua condição financeira, e já faz planos para levar o irmão mais novo para morar com ele.

O Abraçando Vidas é um projeto realizado por meio da Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente. A defensora pública Yana de Araújo Melo, coordenadora da 12ª Regional, sediada em Jequié, comenta a importância de implementar o projeto na unidade.

“Ao concretizar sonhos de jovens abrigados, o Abraçando Vidas é um momento simbólico no município pois demonstra que a função da Defensoria da Bahia vai além das demandas jurídicas”, explica Yana.

Responsável pela seleção e o acompanhamento de Fernando* na unidade, a psicóloga Amanda Cafezeiro destaca que se trata de um momento especial na instituição. “A Defensoria será muito beneficiada com as experiências trazidas por estes jovens e, em contrapartida, poderá contribuir como marco na construção do projeto de vida dos mesmos. A ideia é que esta oportunidade sirva como motivador para outros jovens”.

Para a defensora pública Talitha Borges, entusiasta da ação, “é uma forma de efetivar aquilo que a DPE/BA tanto sustenta, que é a necessidade de garantir os direitos do adolescente e de servir como exemplo, propondo um paradigma para outras intuições públicas e privadas”.